Bitcoin a US$ 109 mil e criptomoedas recuam após payroll
Na manhã desta sexta-feira (4), o mercado de criptomoedas estava um pouco em baixa, com um valor de mercado de US$ 3,36 trilhões, caindo 0,9%. O Bitcoin (BTC) operava em torno de US$ 109 mil e seu domínio no mercado era de 64,6%. A maioria das principais altcoins também estava no vermelho, enquanto o sentimento geral entre os investidores era de neutralidade (55%).
Apesar de uma entrada significativa de capital institucional em Bitcoin e produtos de investimento em criptomoedas, o BTC não conseguiu atingir novas máximas históricas, mesmo diante da alta do S&P 500 e do Nasdaq. Esses índices, que geralmente acompanham o desempenho do Bitcoin, terminaram o dia em 6.279,35 (+0,83%) e 20.601,10 pontos (+1,02%), respectivamente. Vale lembrar que o feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos encurtou a sessão dessa sexta-feira.
A indefinição do Bitcoin ocorreu em paralelo ao aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, que atraem investidores mais cautelosos, o que contrasta com o apetite por risco característico das criptomoedas. Essa movimentação também se refletiu em uma pequena queda de 0,16% no índice de força do dólar americano (DXY).
O gráfico do Bitcoin mostra que a moeda recuou após romper a resistência de US$ 110 mil, logo antes da divulgação dos dados sobre o mercado de trabalho dos EUA. O relatório do Departamento do Trabalho indicou a abertura de 147 mil vagas em junho e uma queda na taxa de desemprego para 4,1%. Esses números, embora animadores, podem dificultar um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve, impactando assim o mercado de criptoativos. Quando o mercado de trabalho se aquece, o risco de recessão diminui e a inflação tende a se manter, o que normalmente não é ideal para as criptos.
Além disso, a aprovação do controverso “Big Beautiful Bill” na Câmara dos Representantes trouxe cautela ao mercado. O projeto, defendido por Donald Trump, propõe cortes de impostos e gastos em saúde, podendo, a curto prazo, beneficiar o Bitcoin pela injeção de dinheiro no sistema. No entanto, o projeto também carrega o risco de aumentar a dívida federal, que já está em US$ 36,2 trilhões, com previsões de que essa nova proposta eleve a dívida em US$ 3,8 trilhões.
O Volatility Index (VIX), que mede a ansiedade do mercado, subiu para 17,59 pontos (+5,7%). Em relação aos fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin e Ethereum, houve uma entrada líquida de US$ 601,94 milhões e US$ 148,57 milhões, respectivamente, segundo dados recentes.
Em meio a tudo isso, o índice que avalia a saúde das altcoins, chamado altseason, caiu de 25 para 24 pontos. As mil maiores altcoins também mostraram queda, com o SPX a US$ 1,20 (-6,7%) e outras moedas, como o PEPE, sendo transacionadas a US$ 0,0000097 (-6,5%).
Por outro lado, algumas altcoins mostraram aumentos significativos. O FUN subiu para US$ 0,013 (+28,7%) e o Humanity (H) chegou a US$ 0,092 (+22,7%), acumulando uma alta impressionante de 351% na semana. Outras altcoins, como o UXLINK e o STRK, também apresentaram ganhos consideráveis.
Recentemente, novas criptomoedas foram listadas em exchanges como a Bitget, Binance Futuros e Kucoin, com AFT, CROSS, IDOL, entre outras, se destacando. No dia anterior, o Bitcoin até flertou com uma nova máxima histórica, fazendo com que as criptomoedas chegassem a subir até 52%, em parte graças ao impacto do Big Beautiful Bill.
Por todos esses movimentos e dados, o mercado de criptomoedas continua em constante evolução, atraindo tanto investidores cautelosos quanto aqueles dispostos a arriscar na busca por novas oportunidades.